Entrevista: Padre João
A
trajetória e os marcos familiares.
Em uma conversa
agradabilíssima com o Padre João, atual pároco da Paróquia Santo Antônio de
Vila Ré e as comunidades Nossa Senhora D’Ajuda e Vila Vicentina, foram
revelados momentos únicos vividos, que o ajudaram a ser quem é hoje.
Convidados especiais: Seus
irmãos Belgos.
O vocês
que faziam de interessante na igreja antes do Padre João se tornar sacerdote?
Irmã do Padre: Nós, quando jovens, trabalhávamos em fábrica
de tecidos (roupas religiosas). Confecção de roupas e máquinas de costura e
então, participávamos dos eventos da igreja.
Do
que vocês mais gostavam de brincar quando crianças? Qual era a brincadeira mais
divertida na época?
Irmão e irmã do Padre: Gostávamos de brincar de puxar
palitos e também de pião e catapulta.
A juventude era muito diferente, quando vivíamos em uma fazenda.
A juventude era muito diferente, quando vivíamos em uma fazenda.
O
que o Padre João gostava de fazer quando criança?
Irmã do Padre: Ele adorava jogar futebol!
Padre João: A nossa diferença de vida, é de 10 anos. A minha irmã é a mais nova, a caçula.
Nasci em 1938 e ela em 1947. Quando minha irmã tinha 3 anos de vida, nossa mãe morreu (1951).
Padre João: A nossa diferença de vida, é de 10 anos. A minha irmã é a mais nova, a caçula.
Nasci em 1938 e ela em 1947. Quando minha irmã tinha 3 anos de vida, nossa mãe morreu (1951).
Em sua opinião, o que mais marcou a sua infância?
Irmã do Padre: Gostávamos de ter amigos para ir ao baile
dançar. Nós fazíamos exercícios para aprender a dançar, por isso fazíamos a
brincadeira das cadeiras, com música bem alta.
Kelma: São coisas antigas que não são esquecidas hoje em dia.
Kelma: São coisas antigas que não são esquecidas hoje em dia.
O que você acha que influenciou o João Croismans a ser Padre?
Irmão do Padre: Era muito importante para a família ter um
Padre entre eles. Acreditavam em Santidade. Quando o João terminou o colegial
já estava decidido a fazer a Ordenação.
Quando ele decidiu ser Sacerdote, como foi a reação da família?
Irmão do Padre e Padre: No inicio foi um pouco complicado.
Quando recebi minha ordenação, fizeram uma grande festa de três dias. Recepcionaram-me em uma casa, onde a festa aconteceu e fui acolhido por toda a aldeia e familiares. Toda a cidadezinha participa quando ocorrem essas festas.
Na ocasião, fizeram uma gruta que corria água para mim. A cidadezinha estava toda enfeitada. Os padres eram convidados e todos os familiares (tios, primos etc). No final todos os vizinhos participavam. À noite colocavam luzes para deixar tudo bem iluminado.
Todos sabiam e no terceiro dia, todos comem juntos. Cada um leva um pratinho de comida para dividirem, com churrasco e bebidas.
Quando recebi minha ordenação, fizeram uma grande festa de três dias. Recepcionaram-me em uma casa, onde a festa aconteceu e fui acolhido por toda a aldeia e familiares. Toda a cidadezinha participa quando ocorrem essas festas.
Na ocasião, fizeram uma gruta que corria água para mim. A cidadezinha estava toda enfeitada. Os padres eram convidados e todos os familiares (tios, primos etc). No final todos os vizinhos participavam. À noite colocavam luzes para deixar tudo bem iluminado.
Todos sabiam e no terceiro dia, todos comem juntos. Cada um leva um pratinho de comida para dividirem, com churrasco e bebidas.
E o que o Sacerdócio mudou na vida de vocês? Ou o que agregou?
Irmã do Padre e Padre: Numa cidade da Bélgica, era uma honra
ter um Padre. Para a família, principalmente, era uma questão até de orgulho.
Após minha ordenação, erávamos em vinte missionários.
Sempre precisávamos passar no Vigário e nos dispor ás tarefas por lá colocadas (missões) e sempre era necessário dizer tudo o que tínhamos feito e faríamos.
Em campanhas de juventude sempre precisávamos estar presentes. Era muito rígido.
Após minha ordenação, erávamos em vinte missionários.
Sempre precisávamos passar no Vigário e nos dispor ás tarefas por lá colocadas (missões) e sempre era necessário dizer tudo o que tínhamos feito e faríamos.
Em campanhas de juventude sempre precisávamos estar presentes. Era muito rígido.
Qual
foi uma história marcante triste do Padre João? – visão dos irmãos
Irmã e Irmão do Padre: Um dos momentos mais complicados foi
em uma época que o João trabalhou. Não podia perder tempo no trabalho. Mesmo
que existisse amizade com o patrão não eram permitidas brincadeiras no local de
trabalho. Na hora de cumprir o solicitado as coisas eram muito bem organizadas
e criteriosas, deveriam ser obrigatoriamente cumpridas. O que tem que ser feito
deve ser cumprido. Depois do trabalho, era até permitido uma cervejinha com o
patrão.
Qual
fato marcou o sacerdócio do Padre? – visão dos irmãos
Irmã e Irmão do Padre: Não há como responder. Ser Padre é
uma questão muito pessoal, é difícil saber!!! É como se realmente fosse um
casamento.
...
O
que vocês acharam quando o Padre João precisou cumprir sua missão fora do País
(Bélgica)?
Irmãos do Padre e Padre: Naquele tempo existiam muitos
Padres na Bélgica. Quando os Padres eram ordenados eram “direcionados” para
outros países que não tinham muitos Padres.
No começo eu não pensei em vir para o Brasil, pensei em ir para o Japão.
Até a 2ª Guerra Mundial, não havia nada nas cidades. Depois veio a colonização.
Naquele tempo era a ditadura, não tinha nem governo.
No começo eu não pensei em vir para o Brasil, pensei em ir para o Japão.
Até a 2ª Guerra Mundial, não havia nada nas cidades. Depois veio a colonização.
Naquele tempo era a ditadura, não tinha nem governo.
O
que sua irmã sente ao vê-lo completar 50 anos de Sacerdócio?
Irmã do Padre: Gostaríamos de festejar este acontecimento na
Bélgica.
Qual
a mensagem que os irmãos gostariam de deixar para o Jubileu de Ouro do Padre? –
Para a comunidade.
Irmã e Irmão do Padre: Por não ser orgulhoso, ele conseguiu
conquistar tudo até hoje. Foi possível realizar todos os seus planos.
Para os jovens: Continuem neste caminho de lutas e conquistas.
Para os jovens: Continuem neste caminho de lutas e conquistas.
Entrevista: Kelma Lira (Catequista)
Tradução, digitação e texto: Amanda Henrique. (Banda Novo Sentido)
Tradução, digitação e texto: Amanda Henrique. (Banda Novo Sentido)
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